A indicação desse livro veio a mim através do Instagram da @cientistaqueviroumae.
Confiante nas dicas literárias que esta professora sempre provoca, comecei a ler sem pensar, roubando o lugar da fila de outras obras que estavam esperando. E valeu a pena.

Quando procuramos um pouco sobre a escritora, Katrine Marçal, dá para perceber que a autora é um nome  muito forte dentro da escrita feminista, seja por que em 2015 foi listada como uma das 100 mulheres da BBC, seja por que seu rosto é muito conhecido nos canais de notícias financeiras da Suécia, o que à torna uma figura pública conhecida.
 

A súmula do livro fala sobre economia e patriarcado e já foi indicado para prêmios literários em 2012.
Economia não é bem um assunto que dominamos no nosso dia a dia. Os temas econômicos estão mais presentes em nosso cotidiano, quando ouvimos telejornais que falam sobre o assunto ( valorização das taxas SELIC, PIB que está caindo, CDB, Tesouro direto…) e a não explicação de todas essas siglas torna esse assunto pouco acessível a todos. Porém, quando a autora traz o tema sob a perspectiva feminista, parece que esse mundo da economia, mercado, finanças e afins ficam um pouco mais compreensível, para não dizer de forma muito acadêmica, muito mais compreensíveis.

Acredito que foi esse o motivo da idealização do livro que é cheio de dados estatísticos, linguagem envolvente, boas doses de sarcasmo e questionamentos muito profundos sobre a estrutura patriarcal.
A leitura é muito rápida, fluída e difícil de parar.

A autora começa por um curioso questionamento: “ Será que Adam Smith, autor de “As riquezas das nações” teria tido tempo para a dedicação de escrever esse livro se antes de tudo, não estivesse bem seguro e amparado pelos cuidados maternos de sua mãe, que garantiam segurança para que escrevesse o que bem entendesse?

Afinal seu papel, como mulher e mãe, era cuidar do lar e da família, assim como o tantas outras mulheres na época em que o escritor liberal pensou sua obra.