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Mundo da Adoção

04.01.2021

Então, por que falar sobre adoção?

Aline Santana

Essa pergunta é vez ou outra feita a mim e logo já disparam: "Você é filha adotiva?", "Você não pode ter filhos?", "Tem pessoas que foram adotadas na sua família?". São inúmeras perguntas que eu entendo vir de um imaginário social criado acerca desse assunto.

 

É justamente por isto que estou aqui, para trazer para você leitora, o mundo vasto que é a adoção e dar visibilidade a este tipo de maternidade. Ahh... e antes que eu esqueça e para matar sua curiosidade, a resposta é "não" para todas as perguntas acima. A adoção atravessa minha vida de outra forma, porém não consigo precisar genuinamente quando realmente esse interesse começou, quem sabe um dia junte todas as pecinhas e escreva um texto só falando sobre isso?

 

A verdade é que me incomoda, e sempre me incomodou, o fato de alguém dizer que uma criança está fadada a "ser má" ou "não prestar" pelo simples fato de ter vindo de outro núcleo familiar. Quantas vezes você já ouviu isso quando alguém fala que vai adotar? Eu já ouvi diversas!

 

Acompanhei adoções próximas a mim, ainda quando esse assunto era bem tabu, e vi como o amor pode ser revolucionário na vida de alguém. Acredito que quanto mais a gente fala, mais temos a chance de desconstruir preconceitos, desfazer tabus. E olha eu aqui falando para vocês!

Eu não preciso necessariamente ser parte do que eu falo (como uma filha/mãe por adoção, por exemplo), mas eu preciso ser atravessada por isso. Eu acredito na adoção! Eu acredito que a gente adota a todo momento, é um companheiro, é um amigo, é um filho, é um cachorro, um colega de trabalho, até nossos pais biológicos a gente adota. Adotar é amar, Adotar é aceitar. E vamos combinar que sem amor a gente não aceita nadinha nesse mundo, não é verdade?

 

Até breve, no dia 04/02 eu volto pra nós aprofundarmos um pouco mais neste mundo!

 

 

Aline Santana, Psicóloga, Idealizadora do espaço @mundodaadocao no Instagram

Aline Santana
Bahia - Brasil
Colunista

Sou Aline Santana, Natural de Salvador, uma Analista de Sistemas que virou Psicóloga pelo amor a causa da adoção, mãe de Miguel, uma criança linda que me ensina todo dia o poder do afeto e esposa de William.

Atuo como Psicóloga Infantil e da Adoção. Apaixonada pelo tema, estou nesse mundo como estudiosa do assunto desde 2012, participando de ações voluntárias, trabalhos terapêuticos em grupo e individual, grupos de apoio e trabalhos acadêmicos.

Sou especialista em Clínica Psicanalítica com formação em grupos terapêuticos e dinâmicas de grupo e relações interpessoais.

Acredito que todos os filhos precisam ser adotados, sejam eles biológicos ou não, por isso escolhi trabalhar com o fortalecimento dos vínculos, preparação e suporte a pais e filhos no processo da adoção consciente.

Para mim a conexão que fazemos com uma criança reflete no adulto que ela vai se tornar.

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